A temporada de 2008 da Fórmula 1 aconteceu há 15 anos, mas ela ainda não acabou. Felipe Massa, que ficou com o vice-campeonato por somar apenas um ponto a menos que Lewis Hamilton, se revoltou após Bernie Ecclestone declarar recentemente que sabia detalhes a respeito do acidente proposital de Nelsinho Piquet meses antes do caso se tornar público, o que aconteceu em 2009.
A batida custou a Massa pontos vitais na tabela. O piloto acabou perdendo o título na última curva da última corrida do ano, depois que o britânico ultrapassou o alemão Timo Glock e foi campeão, conquistando seu 1º troféu na carreira.
Tanto é que na última semana, ele iniciou o processo para entrar com uma ação contra a FIA e a Formula One Management pedindo indenização substanciosa por uma suposta "conspiração" ocorrida em 2008.
Agora, ele conceceu uma entrevista ao ge e mostrou toda a sua indignação com o caso.
"Quando a gente vê que algo foi manipulado, na hora que a gente vê que houve uma sacanagem, uma roubalheira... A gente fica muito chateado. Logicamente, descobri em 2009 e fiz tudo possível para mostrar que as coisas não estavam acontecendo da maneira certa, porque no final ninguém foi punido pelo acontecido. Foram punidos, mas depois de dois anos o Pat Symonds voltou, o Briatore que ia ser punido para sempre de trabalhar na F1 voltou em pouco tempo, foi liberado. Não aconteceu nada com a equipe. No final, ninguém foi punido por uma roubalheira."
Apesar da revolta de Massa, Bernie Ecclestone, atualmente com 92 anos, conversou por telefone com a reportagem da Agência Reuters e afirmou que "não se lembra" de ter dito nada sobre o episódio de Nelsinho Piquet.
"Eu não me lembro de nada disso, para ser sincero. Não me lembro de ter dado essa entrevista", assegurou o britânico, que deixou o cargo em 2017, depois que a empresa norte-americana Liberty Media assumiu os direitos comerciais da F1.
Ecclestone também salientou que não foi procurado em nenhum momento por Massa e seus advogados para falar do tema.